Certa vez, um
homem saiu de sua aldeia para um passeio com suas duas filhas, uma de oito e
outra de quatro anos, pelas trilhas da floresta. Em determinado momento da
caminhada, a mais nova pediu ao pai que a carregasse, pois estava muito cansada
para continuar andando.
O pai respondeu
que estava muito cansado também. Diante da resposta, a cunhã começou a
choramingar e a fazer “corpo mole”.
Sem dizer uma
só palavra, o pai continuou a caminhada pela floresta até que encontrou no meio
do caminho uma pena de Arara e a entregou à cunhã, dizendo:
- Olha aqui uma
pena de Arara, minha filha! Ela irá ajudar-te a seguir em frente, pois agora
poderás voar como as Araras voam.
A cunhã parou
de chorar, olhou a pena de Arara e pôs-se a caminhar como se voando estivesse,
tão rápida, que chegou de volta à aldeia, antes dos outros. Ficou tão encantada
com a pena de Arara que recebeu de seu pai, que foi difícil fazê-la parar de
brincar de voar como as Araras.
A irmã mais
velha ficou intrigada com o que viu e perguntou ao pai como entender a atitude
da mais nova. O pai sorriu e respondeu, dizendo:
- Assim é a
vida minha filha! Às vezes, estamos física e mentalmente cansados, certos de
que é impossível continuar. Mas, então, encontramos uma 'pena de Arara'
qualquer que nos dá ânimo outra vez. Essa pena de Arara pode ser um bom amigo,
uma canção ou uma outra coisa qualquer...!
Assim, quando nos
sentirmos cansados ou desanimados nunca devemos nos deixar levar pela preguiça
ou pelo desânimo.
Devemos nos lembrar de que:
"Sempre haverá uma pena de Arara para cada
momento!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gratíssimo por seu contato!!!