segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

COMIDO VIVO

                                 


                                            Como a M’bôia come suas presas?! Bom..., ela não tem veneno, por isso depende da força muscular de seu flexível corpo para asfixiar sua refeição. Geralmente, ela primeiramente morde e, então, enrola-se em torno de sua vítima, apertando-a e impedindo-a de respirar, matando por sufocamento, e engolindo-a, por fim.


                        Também acontece de engolir sua presa lenta e totalmente viva, mexendo-se inteiramente o tempo todo. Como acontece quando engole um Jacaré. A M’bôia consegue isso porque os ossos de sua mandíbula possuem ligamentos flexíveis, permitindo que abra bem sua boca. Pois possui mandíbulas incrivelmente expansíveis, possibilitando-lhe capturar animais de tamanho muito maior e engoli-los inteiramente vivos.
                       
                        Isso é possível porque a mandíbula superior da M’bôia está ligada à sua caixa craniana através de músculos, ligamentos e tendões, que lhe permitem mobilidade de frente para trás e de um lado para o outro, lingando-se à mandíbula inferior pelo osso quadrado, que funciona como uma dobradiça dupla, de modo que esta pode se deslocar, permitindo que sua boca abra em até 150º (graus). Além disso, os ossos que formam os lados de suas mandíbulas não estão fundidos na frente, mas ligados pelo tecido muscular, permitindo que se separem e se movam independentemente uns dos outros.

                              Assim, a M’bôia abre a boca e começa a "andar" com sua mandíbula inferior em direção à presa, ao mesmo tempo em que os dentes curvados para trás seguram-na, ou seja, um lado da mandíbula puxa para dentro enquanto o outro se move para frente, a fim de dar a próxima mordida, molhando completamente a presa com saliva, tracionando-a para dentro do esôfago. A partir daí, usa os músculos de seu corpo para simultaneamente esmagar sua comida e empurrá-la mais para dentro do trato digestório, onde é digerida, depois de determinado tempo, e os nutrientes, resultantes, absorvidos.

                        Enfim, toda essa flexibilidade e elasticidade mandibular são incrivelmente razoáveis, considerando, sobretudo, quando a M’bôia encontra uma presa muito maior do que a sua própria cabeça e que possui muita força, resistência e muita mobilidade, como é o caso do Jacaré, que ainda pode viver se debatendo, resistindo durante dias dentro de sua barriga!







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