sábado, 20 de abril de 2013

MORAR NO MATO





Quando se fala: “Estou cansado da cidade quero ir pro mato...”, percebe-se claramente que o autor inicia seu discurso, mostrando sua ojeriza pela vida urbana e seu desejo por levar uma vida simples, e refere-se à simplicidade com a expressão destacada. Ele não percebe e muitos outros também não como essa expressão traduz uma pobreza linguística tamanha!
Não sei precisar à quê ele se refere exatamente, mas não tenho apenas como “mato” todo o universo de representações simbólicas que traduz a vida na floresta. Parece que ser alguém a imaginar uma vida regada de costumes urbanos no rural. Ledo engano!
A vida na floresta é cheia de muitas surpresas e, por isso, a peleja é difícil. Requer daquele que se dispõe a manipular o poder dos elementares, a fim de retirar da natureza tudo aquilo de que necessita para si e para os seus, muita interação com os espíritos que ali habitam, ou seja, requer conhecimento que só pode ser adquirido com a experiência e a troca de energia com os elementares ali existentes e, por isso, nem sempre é bem sucedida.
As mais das vezes, o que vem ocorrendo é que a leitura dos fenômenos naturais é feita com o olhar totalmente formado por valores de uma sociedade judaico-cristã, incapaz de compreender que entre o céu e a terra existem muito mais mistérios, que a sua vã filosofia possa imaginar. E como não se pode encher um copo que já se encontra cheio, deixam de perceber a numerosa diversidade de energia com a qual têm contato. Daí o tom simplista que dão à vida na floresta com: “mato”.
Apenas isso!

Luar



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