Quando se fala: “Estou cansado da cidade quero ir
pro mato...”, percebe-se
claramente que o autor inicia seu discurso, mostrando sua ojeriza pela vida
urbana e seu desejo por levar uma vida simples, e refere-se à simplicidade com
a expressão destacada. Ele não percebe e muitos
outros também não como essa expressão traduz uma pobreza linguística tamanha!
Não sei precisar à quê ele
se refere exatamente, mas não tenho apenas como “mato” todo o universo de representações
simbólicas que traduz a vida na floresta. Parece que ser alguém a imaginar uma
vida regada de costumes urbanos no rural. Ledo engano!
A vida na floresta é cheia
de muitas surpresas e, por isso, a peleja é difícil. Requer daquele que se
dispõe a manipular o poder dos elementares, a fim de retirar da natureza tudo
aquilo de que necessita para si e para os seus, muita interação com os
espíritos que ali habitam, ou seja, requer conhecimento que só pode ser
adquirido com a experiência e a troca de energia com os elementares ali
existentes e, por isso, nem sempre é bem sucedida.
As mais das vezes, o que
vem ocorrendo é que a leitura dos fenômenos naturais é feita com o olhar
totalmente formado por valores de uma sociedade judaico-cristã, incapaz de
compreender que entre o céu e a terra existem muito mais mistérios, que a sua
vã filosofia possa imaginar. E como não se pode encher um copo que já se
encontra cheio, deixam de perceber a numerosa diversidade de energia com a qual
têm contato. Daí o tom simplista que dão à vida na floresta com: “mato”.
Apenas isso!
Luar
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